Instagram cria “classificação indicativa digital” para proteger adolescentes de conteúdo impróprio
O Instagram vai lançar uma classificação indicativa digital inspirada nas faixas etárias do cinema. A proposta é proteger adolescentes de conteúdos com linguagem forte, desafios perigosos e temas adultos. A iniciativa faz parte das novas políticas da Meta, responsável pelo Instagram e pelo Facebook, e pretende tornar a rede social mais segura para menores de 18 anos.
As Teen Accounts passam agora a seguir regras parecidas com as de um filme classificado como PG-13, voltado para o público adolescente. Segundo a empresa, esta é a maior atualização desde o lançamento das contas para jovens, que já alcançam centenas de milhões de usuários em todo o mundo.
A nova configuração vai colocar automaticamente todos os perfis de adolescentes no modo “13+”, que determina o tipo de conteúdo exibido. O usuário não poderá sair dessa configuração sem autorização dos pais. Assim, o Instagram garante uma experiência mais controlada e adequada à faixa etária de cada jovem.
Além disso, a Meta criou o modo “Limited Content” para famílias que desejam filtros ainda mais rígidos. Esse recurso bloqueia publicações sensíveis, impede comentários e restringe mensagens. A partir de 2026, ele também limitará as conversas com ferramentas de inteligência artificial, evitando interações com temas românticos, sensuais ou autodestrutivos. Desse modo, a plataforma adiciona uma camada extra de proteção e reduz os riscos nas interações online.
Proteções adicionais e participação dos pais
As novas políticas também bloqueiam o contato com contas consideradas inadequadas. Adolescentes não poderão seguir ou receber mensagens de perfis com conteúdo adulto, linguagem sugestiva ou descrições inapropriadas. Esses perfis deixarão de aparecer nas buscas e nas recomendações, o que diminui a chance de exposição a materiais impróprios.
O Instagram vai reforçar o bloqueio de termos sensíveis nas pesquisas. Além das palavras ligadas a suicídio, automutilação e distúrbios alimentares, o sistema passará a barrar expressões como “álcool” e “gore”. Mesmo quando escritas com erros, essas palavras continuarão sendo bloqueadas.
Para desenvolver as novas diretrizes, a Meta convidou milhares de pais para participar do processo de avaliação. Eles analisaram postagens reais e indicaram quais tipos de conteúdo consideravam apropriados. No total, foram mais de 3 milhões de avaliações incorporadas à atualização. A empresa também lançou um canal de feedback permanente, que permite denunciar publicações impróprias e acompanhar o resultado da revisão diretamente no aplicativo.
Segundo uma pesquisa do Instituto Ipsos, 95% dos pais norte-americanos consideram as novas configurações úteis. Além disso, 90% afirmam que o modelo ajuda a entender o tipo de conteúdo que seus filhos visualizam no Instagram.
As mudanças começaram a ser aplicadas nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Canadá e devem chegar a outros países até o fim de 2025. O Facebook também receberá as mesmas medidas, reforçando a estratégia da Meta para aumentar a segurança digital dos adolescentes.
Com as novas regras, a empresa tenta responder à crescente pressão sobre o impacto das redes sociais na saúde mental de jovens. A Meta, o TikTok e o YouTube enfrentam processos judiciais movidos por famílias e escolas que acusam as plataformas de estimular o vício digital e a exposição a conteúdos nocivos.
Fonte e foto: (1)
Sou jornalista apaixonada por cultura pop e música. O que começou como curiosidade e diversão virou profissão e, hoje, escrevo sobre tudo isso no IT Life, tentando entender e traduzir o que move a nossa geração. Também estou no Instagram como @itzdanigram.


